sábado, 22 de junho de 2013

Roteiro (sem revisão) para debate de conjuntura

1.No Manifesto que divulgamos em maio, afirmávamos: "nas contramão do senso comum, algo vai mal".

2.Tanto no Manifesto quanto na entrevista de março, há vários trechos que lançam luz sobre os problemas que agora estão em debate.

3.A grande novidade é a escalada de manifestações, de 13/6 em diante.

4.Tomando SP como parâmetro, são pelo menos quatro momentos distintos:
-a manifestação brutalmente reprimida pela polícia tucana;
-a grande manifestação de solidariedade;
-as manifestações para comemorar a revogação do aumento;
-a manifestação contra a PEC 37

5.No primeiro momento, a PM reprimiu e o PIG apoiou a repressão. A esquerda dividiu-se em várias posturas.

6.No segundo momento, a PM refluiu propositalmente, a mídia iniciou um giro buscando direcionar o movimento, a esquerda unificou-se contra a repressão mas seguiu dividida em outros temas.

7.No terceiro momento, a mídia e a direita buscam se apropriar da mobilização e grupos paramilitares atacam a esquerda.

8.Num quarto momento, um setor da direita marcha em torno de uma pauta mais estreita: contra a PEC.

9.A composição social das manifestações, pelo menos nos três primeiros momentos, era um grande mix.

10.Elemento fundamental: juventude (filhos de trabalhadores e juventude trabalhadora).

11.Participação crescente de setores da chamada "classe média alta", de vândalos-lumpens e de paramilitares de direita. Presença mais ou menos constante de anarcopunks e assemelhados.

12.Mas o traço essencial é: movimento espontâneo, sem direção orgânica, pauta "mural de facebook".

13.Fica claro o limite prático da "teoria da multidão" e da "direção horizontal".

14.Importante o processo de apresendizado.

15.Politicamente há dois componentes: melhorar a vida e criticar a política oficial.

16.Há uma disputa: movimento de protesto para melhorar a vida através do governo ou movimento de protesto contra o governo.

17.Ultra-esquerda que tentou impulsionar protesto contra o governo foi atropelada pela direita.

18.Para nós é essencial que seja movimento para melhorar a vida através do governo.

19.O problema: também é um movimento crítico à política oficial. E por vários motivos esta crítica é facilmente canalizada contra o governo federal e contra o PT. Maior partido, erros, ação da mídia/direita, atitudes anti-partido da ultra-esquerda.

20.Discursos/notas: positivos mas "externos" e "tardios". E não resolvem desconexão orgânica e midiática.

O que fazer?

21.Precisão na análise: não é movimento de direita, embora exista movimento da direita. Disputar. Respeitar. Positivo. Aprendizado para todos, inclusive para nós.

22.Colocar o problema no grau: confirmou que é preciso mudar a estratégia e a conduta partidárias. Criticar  sem simplificar declarações de JEC, FH, JW, PF. Relação Estado/governo/partido/luta social num ambiente quente.

23.Tomar medidas práticas e simbólicas: choque de investimentos sociais, diálogo, humildade, aposentar o controle remoto, ocupar as ruas, combater o vandalismo, derrotar o paramilitarismo.

24.Don't panic. Mas a dirieta está nas ruas. Estudar a "teoria da revolução laranja".

25.Mudar a direção do Partido latu sensu.

Qual será o efeito disto sobre o PED?

26.Não há como saber.

27.Lutar para que vote o máximo possível: novos filiados, velhos filiados, pagamento até dia 12/8, amplo comparecimento.

28.Trabalhar para que haja relação entre debate e voto.

29.De toda maneira: mudou para melhor. Melhor agora que em 2014. Precisamos de luta para superar os limites institucionais. Precisamos de luta para que haja debate de fundo no PED.

(sem revisão)

Nenhum comentário:

Postar um comentário